Nasci num sábado, bem no fim de semana...
pra poder dormir até o meio-dia...
pra ficar em casa sem fazer nada...
pra poder sair à noite sem culpa...
Fui uma criança velha, que sabia palavras demais,
e apesar de aprender a falar tarde, compensei isso com longos diálogos sobre assuntos que não me diziam respeito...
Adolesci com mais compromissos do que deveria...
Minhas obrigações não se limitavam a escola e MTV,
e talvez, por isso, eu era uma chata.
E eu continuo chata.
Mas acho que a vida anda me dando novas chances.
Continuo implicante, mas mais amorosa.
Continuo exigente, mas aprendendo a relevar.
Lutando para não mudar aquilo que me é mais caro:
o ser intensa,
o ser urgente,
o ser autêntica,
o ser sincera.
Tenho um ponto-de-vista sobre quase tudo:
social-democrata, pós-tribulacionista, amilenista, arminiana moderada, criacionista progressiva, a favor da pena de morte, contra o aborto, a favor da descriminização do aborto, doadora de órgãos e tecidos, contra a súmula vinculante e a relativização da coisa julgada, super a favor da adoção, contra aliança de compromisso e com dificuldade de compromissos em geral, acho que bota branca é pra paquita, sapato e sandália branca para médica ou noiva, e só pra elas! Tenho minhas considerações anti-americanas. Nacionalista ao extremo. Apaixonada por todos os tipos de música feita por gente e instrumentos. Me dê um assunto: eu te dou minha opinião!
Mas não me pergunte sobre o futuro...
não me fale de sentimentos...
não me venha discutir o amor!
sobre isso, não. Eu não tenho opinião.
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